Quem se importa se sou original ou não? Eu não. Engraçado é que parece que começo a gostar das coisas que te envolvem, simplesmente assim. Só vou gostando, até seu jeito começo a imitar, até tomate seco começo a comer, meus neurônios, os mesmos desse cérebro que você disse que eu amava, quando na verdade eu disse que te amo, são atraídos facilmente pela simples lembrança de você.
Falando em tomate seco, que é, na maioria das vezes, vermelho, lembro de um belo cristal que só descobri graças a minha vontade de estar com você e minha insistência em ficar por aí seguindo você. Vou me lembrar de química, vou me lembrar de complexos, vou me lembrar de vanadatos, vou me lembrar de vanadinita. O museu representa-a como pouco abundante, como especial. Nós dois sabemos que o museu não é lá muito confiável, mas mesmo se for mentira, você é pouco abundante pra mim, uma amostra única, insubstituível. Nesses breves estudos, descobri que não importam as dimensões, só as relações angulares, enunciado de Steno, por isso, mesmo um cristal hexagonal com faces de tamanhos diferentes, meio assimétrico, não é capaz de reduzir o quanto fico maravilhado. Ultimamente ando com saudade dos minerais, meio deprê. Mas trocaria um berilo vermelho pra passar um dia com você. E no final, certamente, não sobraria nem uma carcaça, nem cabeça, nem espada, mas apenas minha vontade de trocar tudo por você, quantas vezes forem necessárias.
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