30 outubro 2024
meu mar calmo
12 setembro 2022
Semana 5
Hoje faz exatamente um mês desde que você, efetivamente, me abandonou. Parece que eu só sei falar de sentimentos e coisas assim. Eu estava bem, seguindo meus passos, me preparando para os novos horizontes. Mas, aparentemente minha barra foi mais leve que a sua, eu tive quem me ajudasse a segurar. Por outro lado, você, não. Foi bom te rever, conversar. Mas foi ruim, pois eu parei um pouco, me dei esperança. Uma grande inutilidade. Hoje acordei querendo vomitar, embora o vazio prevalece também fisicamente. Não há mais nada para sair ou por para fora. Este fim de semana refiz nossos passos de 2016, de quando fui ao Icaivera e nos falamos, depois de um dia juntos, por mensagem até altas horas da madrugada, expressando como queríamos estar juntos, mas que VOCÊ não poderia. Por esses últimos dias agora concluí que tivemos um namoro de adolescente e que por isso não deu certo.
Acho que sim, foi um erro você me chamar para conversar e eu errei ao querer ir te encontrar. Estou estagnado em certa maneira. Sinto uma leve raiva por esse seu cansaço inexprespressável, pelas vezes que me fez acreditar que estava tudo bem quando não estava. Por coisas que você me disse e eu nunca soube. Vai ver seu amor nem era tanto assim, não era o bastante para você querer fazer dar certo. É, eu fui usado mesmo. Só pode. Obrigado, Deus, por sempre deixar muito claro que podemos ter muito, mas não tudo. Sinceramente? Que se foda, quero reatar, voltar com você. Mas as coisas que você quer me são obscuras em certa maneira, é um cavalo branco que não posso guiar. É como se fosse um lindo ser que durante o dia reluz, mas quando cai a noite, torna-se um monstro implacável. Me cabe?
Já não posso fazer nada para você, apenas por mim. No fundo do meu peito, tenho uma vontade de ficar com você, de cuidar de você, mas já não é problema meu. Preciso de cuidar de mim. Espero que se cuide também. Fique vivo, pois ainda tenho esperanças de um dia estar com você novamente.
08 setembro 2022
Vão (Volte)
24 agosto 2022
Semana 2
18 agosto 2022
Semana 1
Me dói no peito a angústia, o que restou da esperança de te rever, de um telefonema, de uma carta.
16 março 2022
Do fundo do peito
14 março 2022
Casca de gelo
Quando eu tinha 14 anos, estudei a importância do gelo para os peixes que viviam no inverno em locais cuja temperatura ia abaixo do ponto de fusão da água. Parecia algo relacionado à capacidade de isolar a temperatura e evitar que água subjacente congelasse e matasse os nadadores naturais. Um análise interessante.
O gelo nesses casos funciona como uma proteção que vem com o frio e ao mesmo tempo protege dele. No entanto, ele é temporário e vai embora com a primavera, pois tudo são ciclos. No ápice do inverno, o gelo e espesso, permite que andemos e deslizemos em cima dele. Com o passar do tempo, essa estação da sinais de que se vai embora, verdes começam a verder e flores começam a florir.
É tempo? E então o gelo fica fraco, já não é tão seguro caminhar por ele, pode se fraturar a qualquer momento e te afogar. O fim do inverno anuncia a verdadeira liberdade. Até quando vou poder me arriscar caminhando por este gelo? Seu fim é inevitável, eu sei, são ciclos.
16 julho 2020
Qu'est-ce qui nous retient sur terre ?
Photo by Nathan Dumlao on Unsplash |
21 novembro 2019
É permitido voar?
E quando estou lá é tão incrível, parece que o tempo não existe. Parece que estou prestes a decolar. E neste momento me pergunto: é permitido voar? A resposta depende. Depende de quão grande é a vontade, depende de quão grande é a disposição, depende de quão grande é a vontade de ser feliz. no fim, é permitido voar. essa é minha conclusão.
Passo vai, passo vem, onde estou? onde está? É louca a sensação de não estar em nenhum lugar. Se me perguntam algo e eu respondo só sim ou só não, talvez seja minha intenção de não racionalizar. Certas coisas são só para ser sentidas, para serem desfrutadas, não para serem questionadas. Só sei na teoria, embora tenha aprendido com alguém que saiba na prática.
É permitido voar.
19 janeiro 2019
Um sentimento estranho, um pedido de desculpas?
É como se eu estivesse numa corda bamba com milhares de quilômetros e aí vem ele e me desequilibra. Sempre pensei que fosse plenamente capaz de lidar com minha incapacidade de atravessar esta corda. Racionalmente sou, mas ele vem com tudo, pronto pra me dar um leve empurrão e me desestablizar.
Acho que o deixei se encolher de mais. Acho que o deixei tímido de mais. Ele precisa transbordar, crescer, derramar, esparramar, virar mar, vir amar. Para que assim, outros sentimentos espreitosos se diluam nele, ou ao menos vão para o mais profundo abismos e lá, não repousem, mas definhem pouco a pouco.
Não quero deixar esse sentimento que arde a alma ser desculpa para o que não deveria ser. Mas que sua breve timidez não intencional seja substituída por uma imensidão vermelha, que se confunda comigo, que me substitua. Não é porque te amei de mais, mas porque te amei de menos. Mas estou afogando todo o resto, como há de ser. Ele precisa transbordar, crescer, derramar, esparramar, virar mar, vir amar. Eu preciso te amar. Te amo.