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29 maio 2016

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Às vezes eu me pego desenhando algumas imagens na minha cabeça. Estou em um quarto com mais duas criança. Sim, mais duas, pois acho que estou me incluindo. Isso é um absurdo. Às vezes sou como uma criança, vai ver eu seja uma mesmo. Minha cabeça faz loops infinitos diversas vezes, como se eu estivesse em uma rampa de skate e voasse indeterminadamente para o universo, como se a gravidade acabasse. Já notei que isso acontece várias vezes, concluí que os loops são infinitos em número, mas não em duração. Minha cabeça tenta elaborar soluções para situações que parecem ser insolucionáveis. Já não sei o que eu acho de algumas coisas, se estou satisfeito ou não. Mas já estou de acordo em concordar que a vida não tem sido tão justa assim. Fui questionado dá artificialidade dos meus sentimentos, isso me fez pensar de uma forma bastante melancólica, mas todo esse peso serviu pra eu me assegurar que não tinha como isso estar somente sobre a superfície.
Era uma vez um rio, onde não havia nenhuma ponte, mas somente gritos. Gritos que se ouviam, mas não se escutavam. Isso é a maior prova de que a vida é realmente uma vadia, como eu escutei ontem em Good Days Bad Days, Rebecca Ferguson. Estou com sapatos desde hoje de manhã até agora a tarde. Não teria como meus pés parecerem congelados, mas assim eles estão. Estou decidindo se vale a pena ou não negar tudo por uma coisa aí que tenho pensado. Sou um ridículo por falar como se eu tivesse algum poder de decisão. Só não quero ter que chorar eternamente naquela praia de novo. Meu choro é bastante doloroso, pois é calado e me sufoca. Ocorre no silêncio de uma madrugada qualquer, num quarto escuro qualquer, mas sob o mesmo frio que ultimamente tenho sentido de maneira recorrente.
Estou em um carro, no assento do motorista, com a chave já girada e o pé sobre o acelerador, mas não consigo pisar, pois vejo uma imagem no retrovisor, a mesma que ando desenhando todos os dias em minha cabeça. Espero que me entenda.

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