Quando a própria existência começa a pesar mais que o aquilo que as pernas conseguem carregar fica bastante complicado de andar. É difícil poder controlar algumas loucuras que se tem impulso de fazer, a sensibilidade fica tão alta, que qualquer coisa toma proporções semelhantes a um diamente riscando talco. Talvez doa.
E se de repente eu virasse só pó ou um pedaço de nada? A sensação de ver aquela pessoa que tanto amo pela última vez fica dando as caras às vezes. Fico pensando no medo que tenho de me tornar um nada eternamente sozinho. A realidade é ruim. Mas eu realmente queria te ver mais essa vez, sendo ela a última ou não, mesmo que isso significasse uma despedida não tão adequada à minha vontade e que depois eu ficasse mal de não ter olhado para o seu rosto o tanto que quisesse olhar, eu fiquei.
Alguns momentos fico com bastante medo de certas decisões que eu talvez possa tomar, mas o fato é que algumas vez acho que meu balão está denso de mais, não consegue subir. Meu medo é de acabar preferindo estourá-lo. Mas aí fico pensando em como um certo hálito é capaz de mantê-lo no alto.
Agora parece que minha mãos são apenas imagens, pois é como se eu tentasse segurar minhas lágrimas com elas, mas não adianta, elas passam direito atravessando tudo.
Pular é muito fácil, mas acontece que a gente nunca tem certeza. Uma possibilidade que ronda minha cabeça é de eu me tornar sublime antes de tocar o chão.
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