Eu até tento as vezes, mas é um pouco difícil. Cada passo que dou nessas ruas movimentadas é um letra do seu nome que ecoa pela minha cabeça. O mundo é cheio e repleto de sons e ruídos, mas isso se torna tão desprezível perto de você. Eu só fico andando por ali e por aqui, fico tentando elaborar meneiras, modos e teorias pra poder encaixar nossas existências perfeitamente, como um quebra-cabeças de duas peças. Às vezes eu acho que estou ficando maluco, isso é só um reflexo da minha vontade louca de te abraçar, sentir de novo o meu calor se misturando ao seu. Quando lembro que talvez você queira me apertar em seus braços, eu fico prestes a martelar uma parede com minha cabeça. Esse é o resultado da não realização desse desejo agora.
Enquanto passo pela estrada, vou analisando cada canto e visualizando o melhor lugar para eu construir um castel para nós dois. Vou dar um jeito para que esse lugar seja blindado às influências do tempo e do espaço, assim não terei que escutar o barulho estressante daquele despertador. Trim! Trim! Trim! Esse é o sinal da hora de ir, da hora de ter que guardar nos nossos bolsos esse amor.
A minha cabeça, algumas vezes, se desliga para umas coisas e elas somem, mas me impressiona a forma de como quando se trata de você, ela não se comporta assim, no máximo, ela pode ficar em estado parcialmente vegetativo, mas nesse caso, depois de um tempo ocorre o mesmo que quando entramos de uma vez em um local escuro, demora um pouco até os olhos se acostumarem. Com você é assim, de primeira, talvez eu não preste muito atenção, mas vai clareando.
Acho que inconscientemente fui pegando uns pedaços de mim e ligando com uma linha em alguma memória relacionada a você, aí costumo lembrar de voce cada vez que uma dessas linhas se mexe. Fica impossível de não ter vontade imediata de sentir o cheiro da sua respiração. Eu me sinto o rapazinho mais sortudo do mundo de às vezes ter esse privilégio. Fiquei pensando se isso seria uma conspiração do.universo ao meu favor. Talvez seja.
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