.:Matheus com H│Blog: Que as luzes não se apaguem sozinhas

21 julho 2016

Que as luzes não se apaguem sozinhas


Eu estava no banheiro e comecei a sentir centenas de aranhas subindo pelas minhas pernas. Aquilo foi bizarro. Me fez pensar em quantos medos definem um homem. Tenho medo de escutar a voz da minha mãe me chamando e quando eu for olhar, não haver ninguém. Tenho medo quando eu começar a caminhar, meu corpo virar infinitos grãos de areia. Tenho medo de dormir eternamente e cada vez que eu acordar, for um sonho dentro de outro. Tenho medo de estar no escuro e sentir um vulto passar perto de mim. Tenho de medo estar em um canto de um cômodo escuro e sozinho, nu. Tenho medo de acordar um dia e descobrir que era tudo mentira.Tenho medo de ver as pessoas que eu amo sentirem dor ou estarem sangrando. Acho que tenho medo da morte precoce. Tenho medo de falar com as pessoas e minha voz não sair. Tenho medo de não conseguir mais respirar. Tenho medo de quando os animais olham para o nada como se estive algo lá. Tenho medo de ficar paralisado e não conseguir me mover. Tenho medo de muitas coisas mais. Conclui que são todos os medos de um homem que o definem, hoje, o meu maior medo foi um específico.
Tenho medo de ver um certo maravilhoso sorriso se derreter, como se fosse uma vela acesa.

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