Um monólogo, O quadrado de três lados, “Desabafo para a consciência”
(Com uma forma de um quadrado de papelão na mão)
(Mostra o objeto) Que vê aqui? O que? O que vê aqui? (Pergunta desesperado)
(Começa a tremer) (Cai de joelhos) (Dá um rápido choro) (Levantando) Eu vejo um triângulo. Mas quando pergunta para os outros, (Com a mão direita acerta a parte direita do rosto) dizem que isto tem quatro lados.
(Com a cabeça abaixada chora) (Cai na gargalhada exagerada, o choro vira uma gargalhada) E daí? Se estou dizendo que esta figura tem três lados, é porque tem! Eu vejo três lados.
Mas quando pergunto para as pessoas, para quem é “gente”, elas dizem: (Com a mão esquerda acerta a parte esquerda do rosto) “Nesta figura há simplesmente quatro lados!”
(Cai no chão e começa a se contorcer, tremer e gritar) (Começa a gargalhar novamente, é possível perceber o medo em sua expressão enquanto gargalha) (Para) Loucura! (Grita) Não acredito em você! Pare de deixar as pessoas loucas assim, elas não veem três lados nessa figura, mas sim quatro.
(Fere o próprio rosto) (Mostra o sangue para todos os lados) (Esse choro se torna um riso, este nasceu da graça, ele parece achar graça do próprio sangue) (Para de rir)
O belo e o feio estão nos olhos de quem vê. Nesse caso os outros veem quatro lados e eu três. Se realmente esta figura não possui três lados, no futuro ela possuirá! Sendo assim, estendo minhas mãos para esta figura, cuja tem três lados e não quatro e enfrentarei a humanidade. (Sai de “mãos dadas” com a figura)
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